Tensão Cervical (Cervicalgia)

Introdução e Contexto do Caso

A cervicalgia crônica é uma condição comum que afeta a qualidade de vida de muitos indivíduos, especialmente aqueles que mantêm posturas inadequadas ou realizam movimentos repetitivos com a cabeça e o pescoço. Este artigo aborda o tratamento de um paciente com cervicalgia crônica, destacando as intervenções terapêuticas, os desafios enfrentados e as adaptações realizadas para alcançar uma recuperação completa.
A paciente, uma professora de 40 anos, relatou dor crônica na região cervical, exacerbada por longos períodos de leitura e uso de computador. A avaliação revelou tensão muscular e má postura, resultando em cervicalgia.

Objetivo do Tratamento

O objetivo principal é aliviar a dor, melhorar a mobilidade cervical, e fortalecer a musculatura do pescoço e ombros para prevenir a recorrência dos sintomas.

Descritivo de Tratamento: Tensão Cervical (Cervicalgia)

Contexto do Caso

A paciente, uma professora de 40 anos, relatou dor crônica na região cervical, exacerbada por longos períodos de leitura e uso de computador. A avaliação revelou tensão muscular e má postura, resultando em cervicalgia.

Objetivo do Tratamento

O objetivo principal é aliviar a dor, melhorar a mobilidade cervical, e fortalecer a musculatura do pescoço e ombros para prevenir a recorrência dos sintomas.

Avaliação Inicial

O paciente, um trabalhador de escritório de 35 anos, apresentou dor crônica no pescoço, exacerbada por longos períodos em frente ao computador. A avaliação revelou:

  • Postura: Cabeça projetada para frente e cifose cervical, Protração da cabeça e ombros arredondados.
  • Força Muscular: Fraqueza nos músculos extensores do pescoço e nos músculos da cintura escapular.
  • Sintomas de Dor: Dor e rigidez ao realizar movimentos de rotação e flexão lateral do pescoço, e ao manter posições estáticas prolongadas.
  • Mobilidade Cervical: Limitação na rotação e flexão lateral do pescoço.
  • Tensão Muscular: Tensão nos músculos trapézio superior e elevador da escápula.

Plano de Tratamento

1. Alívio da Dor e da Rigidez
  • Intervenção Inicial: Terapia manual, aplicação de calor e técnicas de mobilização suave.
  • Observação: A terapia manual foi eficaz na redução da dor, mas a rigidez persistiu. Após introduzir exercícios de alongamento e mobilização ativa, observou-se uma melhora significativa na amplitude de movimento e redução da rigidez.
  • Massagem Terapêutica: Técnicas de liberação miofascial para reduzir a tensão muscular.
  • Terapia com Calor ou Frio: Aplicação de calor para relaxamento muscular ou frio para reduzir a inflamação.
2. Reeducação Postural
  • Intervenção Inicial: Exercícios posturais e educação sobre ergonomia no local de trabalho.
  • Observação: Os exercícios posturais iniciais foram ineficazes devido à falta de adesão do paciente às recomendações ergonômicas. Após reforçar a importância da postura correta e ajustar o ambiente de trabalho, o paciente apresentou melhorias significativas na dor e na postura.
  • Correção da Postura:
    • Exercícios de Retração Cervical: Movimentos para alinhar a cabeça e pescoço com a coluna.
    • Postura Ereta com Ombros Recuados: Exercícios para melhorar a postura ao sentar e em pé.
  • Alongamentos Posturais:
    • Alongamento do Trapézio e Levantador da Escápula: Alongamentos específicos para aliviar a tensão muscular na região cervical.
3. Fortalecimento Muscular
  • Intervenção Inicial: Exercícios de fortalecimento dos músculos extensores do pescoço e dos estabilizadores da escápula.
  • Observação: O paciente apresentou dificuldades em realizar exercícios de alta intensidade. Após ajustar a intensidade e introduzir exercícios isométricos e de resistência progressiva, houve uma melhora significativa na força muscular e na estabilidade do pescoço.
  • Exercícios para o Pescoço e Ombros:
    • Flexão e Extensão Isométrica: Exercícios isométricos para fortalecer os músculos do pescoço sem movimento dinâmico.
    • Elevação de Ombros com Pesos: Exercícios com pesos leves para fortalecer o trapézio e estabilizar a cervical.
  • Exercícios para Estabilização Cervical:
    • Prancha com Apoio em Antebraço: Fortalecimento global que também beneficia a musculatura cervical.
4. Mobilidade e Flexibilidade
  • Intervenção Inicial: Simulação de atividades diárias com foco na ergonomia e na manutenção da postura correta durante o trabalho.
  • Observação: A reabilitação funcional foi inicialmente prejudicada pela falta de consciência postural do paciente. Após educação contínua e a implementação de ajustes ergonômicos no local de trabalho, o paciente apresentou uma redução significativa na dor e uma melhora na capacidade de realizar suas atividades diárias sem desconforto.
  • Mobilizações Cervicais:
    • Rotação Suave e Flexão Lateral: Movimentos controlados para melhorar a mobilidade cervical.
  • Exercícios de Flexibilidade:
    • Alongamento do Esternocleidomastóideo: Alongamentos direcionados para melhorar a flexibilidade dos músculos cervicais.
5. Treinamento Funcional
  • Atividades Diárias:
    • Ajustes na Leitura e Uso de Computador: Orientação sobre a altura e posição adequada de livros e telas para reduzir a tensão cervical.
    • Movimentos Funcionais de Cabeça e Pescoço: Exercícios que simulam atividades diárias, melhorando a função cervical em situações reais.
6. Educação e Prevenção
  • Ergonomia no Trabalho e em Casa: Instruções sobre como ajustar a estação de trabalho e as atividades diárias para reduzir a sobrecarga no pescoço.
  • Exercícios Regulares de Manutenção: Programa de alongamentos e fortalecimento para prevenir a recorrência dos sintomas.

Resultado Esperado e Conclusão

Espera-se que a paciente experimente uma redução significativa da dor cervical, com melhora da postura e aumento da mobilidade, permitindo a realização confortável das atividades diárias e de trabalho.

O tratamento da cervicalgia crônica exige uma abordagem integrada, que inclui controle da dor, reeducação postural e fortalecimento muscular. As intervenções devem ser adaptadas de acordo com a resposta do paciente, garantindo uma recuperação completa e a prevenção de futuras recidivas. A combinação de técnicas de mobilização, fortalecimento e ajustes ergonômicos resultou em uma recuperação bem-sucedida e sustentada para o paciente.

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